Cibernetica social
É a fusão interdiciplinar das ciências sociais e humanas. Para haver-se melhor com o dramático processo de mudança nos três campos estratégicos do jogo da vida. E estes são:
* Cienttífico-informacional
* Afetivo-espiritual
* Político-economico
É também uma teoria sistemática baseada em descobertas da física quântica, que adota “triplets, tríades conjunto de três como suporte e motor de todo o ser”.
Cérebro “triplets”
A cibernética social nos trouxe hoje o conhecimento sobre o funcionamento do conjunto dos três Hemisférios cerebrais, direito, central e o esquerdo que se chama triplets ou tríades esse conjunto é responsável pelo o acesso a o banco de dados da mente sendo cada um responsável por áreas da mente diferentes, veremos a seguir a função cada um desses hemisférios.
O hemisfério esquerdo é o centro da linguagem. É ele o hemisfério que fala e em conexão a este hemisfério está o conceito de ser consciente ou o EU. é analítico e seqüencial. Pode somar, subtrair, multiplicar e realizar qualquer tipo de operação computável, este domínio se deriva da sua habilidade verbal e de sua ligação com a consciências. É um hemisfério aritmético. Percebe os detalhes, as seqüências. a sede do pensamento racional, analítico, lógico, objetivo. Sua visão é fragmentada, percebendo os detalhes, as nuanças, a complexidade. Interpreta literalmente. É o domínio da Ciência, do conhecimento. Nele moram o individualismo e a competitividade.
O hemisfério direito apresenta uma grande capacidade em todas as espécies de desenhos geométricos e de perspectiva. É um hemisfério geométrico. Nele residem o temperamento artístico, a criatividade, a invenção a capacidade imaginativa, os sonhos. É a sede do pensamento intuitivo, sistético, subjetivo. Tem uma visão holística do todo, do contexto, dos padrões. Percebe as intenções ocultas, o duplo sentido. O espírito grupal e o instinto de cooperação aí sesidem, bem como a melodia e as imagens.
Como já vimos, os hemisférios são separados anatomicamento e mas não funcionalmente, já que existem as fibras do corpo caloso que funcionam como uma espécie de ponte entre os dois hemisférios, possibilitando que o cérebro trabalhe de uma forma integrada, única. Infelizmente, isso nem sempre ocorre.
Hemisferio central responsável por nossass ações instintivas e coordena o trabalho de todos os hemisférios, mantendo assim o equilibrio entre todos, é responsável pela utilização proporcional de todos os hemisferios.dele vem todos os sentimentos mais antigos e profundos do ser humano como desejo, raiva,paixão, medo felicidade e etc.
A educação ocidental, ao longo dos últimos 200 anos, tem se preocupado em desenvolver basicamente os aspectos referentes ao hemisfério cerebral esquerdo. As escolas oferecem programas que privilegiam certas atividades em detrimento de outras. Ao nascer, o hemisfério esquerdo vem dotado de uma leve tendência verbal. Quando se apresenta um estímulo relacionado com a linguagem, ele se especializa mais um pouco nesse sentido. Então, um sistema educacional que se baseie em palavras tenderá a reforçar cada vez mais o hemisfério esquerdo. E a minimizar tudo que tem a ver com a intuição e a imaginação.
E é assim que funcionam as questões de múltipla escolha. Quando oferecemos ao aluno um número limitado de opções, inibimos o seu pensamento criativo, cortando a possibilidade que ele tem de inventar uma alternativa diferente das que foram oferecidas. Já as técnicas minemônicas de memorização onde através de uma palavra chave é possível evocar todo um conteúdo, exercitam o cérebro direito.
As vezes é preciso entreter o hemisfério esquerdo de alguma maneira para que ele deixe o outro hemisfério atuar tranqüilamente. Conta se que Mozart pedia à sua esposa que lesse para ele enquanto compunha. Dessa forma, mantinha ocupado seu hemisfério esquerdo e permitia a livre manifestação de inspiração proveniente do lado direito.
Entre os cientistas ocidentais, o hemisfério esquerdo é conhecido como “dominante” e o direito como “secundário”. Essa qualificação já demonstra a predominância da visão mecanicista no estudo do cérebro, uma vez que é considerado como dominante o hemisfério onde prevalecem aquelas funções dita racionais, lógicas, matemáticas, reducionistas, analíticas.
Tendemos inclusive a identificar o eu com a parte esquerda do cérebro, privilegiando o eu verbal, o eu que fala, em detrimento do eu que intui, do eu que sente e que reside no lado direito.
As qualidades do hemisfério direito, como a intuição, são consideradas como coisa sem importância na nossa sociedade mecanicista. E é por isso que a intuição sempre vem acompanhada do adjetivo feminista, uma classificação profundamente sexista. Não existem funções femininas ou masculinas quando se fala de hemisférios cerebrais. Na verdade, as mulheres são mais intuitivas do que os homens, não porque isso seja uma tendência inata, mas porque a educação ocidental, quando se trata dos meninos, sempre privilegia a razão, qualidade considerada mais importante que a intuição. Quanto as meninas, permite-se que sejam intuitivas, coisa que é vedada aos homens. Deles é exigido que se comportem sempre segundo os ditames do cérebro esquerdo. Imaginem um executivo, numa reunião de negócios, ou um líder político na reunião do comitê do partido iniciar dizendo: “Senhores-ou companheiros- vou tentar ser o mais emocional, subjetivo e intuitivo possível...”
Apesar de não dominar a linguagem, o hemisfério direito domina a inflexão, o colorido, o tom emocional da fala. É ele que permite a um ator arrancar lagrimas da platéia ou faze-la dobrar-se de rir apenas com a palavra. E embora usemos o hemisfério esquerdo para dizer ‘eu te amo’, é com o hemisfério direito que emprestamos emoção e veracidade a esta afirmação juntamente com o central.
Função importantíssima do hemisfério direito é a capacidade de perceber padrões que consiste na possibilidade de reconstruir ou reconhecer o todo baseado na visualização apenas de alguns dos seus traços. É graças a essa habilidade que o medico consegue, a partir de sintomas isolados, chegar a um diagnostico; que o industrial ou comerciante consegue prever tendências de mercado; que qualquer pessoa pode identificar uma forma sugerida por apenas umas poucas linhas. Permite-nos reconhecer uma pessoa depois de vários anos sem vê-la, apenas por alguns traços fisionômicos. A possibilidade de perceber padrões é crucial para nós pois é graças a essa capacidade de tirar conclusões as mais completas possíveis a partir de informações mínimas que nos tornamos mais equipados para sobreviver.
Apenas o hemisfério direito percebe as intenções ocultas, o duplo sentido, as entrelinhas, a graça da anedota. A vida seria muito insípida se não dispuséssemos dessa capacidade de ver alem do que se apresenta à nossa realidade objetiva. Alem disso, é o cérebro direito que nos permite superar situações de crise, de ameaça.
As pessoas mais racionais, que usam preferencialmente o lado esquerdo do cérebro, tem dificuldade para sobreviver nesses períodos, pois lhe falta intuição e criatividade para descobrir as soluções.
Não existe hemisfério mais importante do que o outro. Na verdade os tres hemisférios tem funções complementares proporcionais. É esse o motivo pelo qual nos sentimos bem quando desenvolvemos uma atividade que unem funções dos tres hemisférios. Quando cantamos, por exemplo, e fazemos com o cérebro total, já que as palavras estão no domínio do hemisfério esquerdo e a melodia na área do hemisfério direito e o trabalho é coordenado pelo central. O ditado popular que diz que ‘quem canta os males espanta’quer dizer tão-somente que quando nos sentimos íntegros, inteiros - o que conseguimos cantando, funcionando com o cérebro total- fica mais fácil fazer frente ao estresse do dia a dia, aos desafios com que nos defrontamos na nossa existência. As crianças cantam quando estão com medo, os exércitos cantam quando vão a guerra, e nas noites de sexta-feira os bares estão cheios de pessoas que se reúnem em torno de um violão, buscando no canto de velhas conhecidas canções, uma forma de se recuperar da semana estafante.
Através do estudo e da compreensão das funções cerebrais, parece que conseguimos identificar um dos principais problemas da nossa educação: ênfase nas atividades do lado esquerdo do cérebro em detrimento das do lado direito. A observação da realidade nos mostra que é assim mesmo.
Todo o sistema escolar é constituído em cima do racionalismo, da fragmentação, das letras e números. Ora, a criança pequena aprende de uma forma holística, global. Pega nos objetos, presencia situações e começa a perguntar: De que é feito isto? Para que se serve? De onde vem? E assim vai ate que tem a sua curiosidade satisfeita. Enquanto pergunta, estabelece conexões, divaga, integra essa experiência com outras experiências e percepções. Quando chega na escola, muda tudo. Fica sentada durante a metade do dia, aprendendo historia de sete as oito, geografia de oito às nove, matemática de nove às dez. Não pode falar, não pode trocar experiências com os colegas, é proibido conversar na sala de aula. Os comportamentos inventivos, criativos, fora dos padrões, são combatidos e nunca estimulados.
Noel Mclnnis, citado por Marilyn Ferguson, assim descreve esse processo: ‘Durante doze anos confinamos o corpo de uma criança a um território limitado, sua energia a uma atividade limitada, seus sentidos a estímulos limitados, sua sociabilidade a um numero limitado de companheiros, sua mente a uma limitada experiência do mundo a sua volta. O que ele vai aprender? A não fazer o que lhe interessa. ’E Ferguson continua: ‘Quando o jovem necessita de algum tipo de iniciação em um mundo incerto, o que lhe fornecemos são os ossos do cemitério da cultura. Quando necessita fazer alguma coisa concreta, nos lhe damos uma tarefa abstrata, lacunas a serem preenchidas com respostas ‘correta’, mutiplas escolhas para verificar se pode escolher a resposta ‘certa’. Quando necessita encontrar significado, as escolas exigem dele memorização.’’